Nasceu em uma comunidade rural chamada Cachoeira, no município de Custódia, localizada a 100 quilômetros de Serra Talhada, Pernambuco, no dia 21 de junho de 1943. Mulher, negra e sertaneja, como costumava se definir, a professora Vanete Almeida viveu na comunidade de Jatiúca, Santa Cruz da Baixa Verde, município do semiárido pernambucano.

Educadora popular, dedicou sua vida em prol da justiça social, tendo como princípio maior a implantação de políticas públicas viáveis para que os/as agricultores e agricultoras sobrevivessem no semiárido brasileiro.

Engajada e corajosa, atuou em diversas frentes. Foi representante das trabalhadoras rurais de Pernambuco. Durante a década de 1980, atou pela inserção feminina no meio sindical, iniciando o processo de organização de mulheres no Sertão do estado de Pernambuco. A partir de 1996, tornou-se coordenadora internacional da Rede Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe, que ajudou a fundar. No período de 1996 a 2003, presidiu o Centro de Educação Comunitária Rural, no município de Serra Talhada, no Agreste do estado, e integrou o Conselho Nacional de Políticas para Mulheres. Atuou como assessora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape).

Inspirou o livro “Ser Mulher num Mundo de Homens”, de autoria de Cornélia Parisius.

Em 2005, foi indicada para o Prêmio Nobel.

Faleceu aos 69 anos, no Recife, em 09 de setembro de 2012.